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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Corpo de Cristo

 
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Pode-se perguntar de que modo um acontecimento ocorrido há dois mil anos pode se tornar presente sobre o Altar.
É importante compreender o que significa o “memorial”. Não significa simplesmente recordação ou memória. Nas Escrituras, memorial é dito zikaron e significa tornar presente, por gestos, símbolos e palavras, um fato acontecido no passado uma vez por todas. Uma vez ao ano, os judeus celebravam e celebram ainda hoje a Páscoa, memorial da saída do Egito. Nessa celebração, eles não somente recordam a passagem da escravidão para a liberdade, mas tinham e têm a consciência que, participando da celebração, participam realmente da própria libertação que Deus operara. Tanto isso é verdade que, ainda hoje, aquele que preside à celebração, diz assim: “Em toda geração, cada um deve considerar-se como se tivesse pessoalmente saído do Egito, como está escrito: ‘Explicarás então a teu filho: isto é em memória do que o Senhor fez por mim, quando saí do Egito’. Portanto, é nosso dever agradecer, honrar e louvar, glorificar, celebrar, enaltecer, consagrar, exaltar e adorar a Quem realizou todos esses milagres por nossos pais e para nós mesmos. Ele nos conduziu da escravidão à liberdade, do sofrimento à alegria, da desolação a dias festivos, da escuridão a uma grande claridade e do cativeiro à redenção”. E, depois, acrescenta: “Bendito sejas Tu, Adonai, nosso Deus, rei do universo, que nos redimiste, libertaste nossos pais do Egito, e nos permitiste viver esta noite para participar do Cordeiro, do pão ázimo e das ervas amargas”.
Ora, é exatamente isso que a Eucaristia é, e de modo excelente: memorial da Páscoa do Senhor Jesus. Quando nós a celebramos, torna-se presente no nosso hoje, na nossa vida, na nossa situação, tudo quanto Jesus fez por nós, que alcança seu cume na Sua morte e ressurreição. Deste modo, a Páscoa do Senhor está sempre presente e atuante na nossa vida e, através de Jesus e com Jesus, podemos dizer ao Pai como os judeus dizem: “é nosso dever agradecer, honrar e louvar, glorificar, celebrar, enaltecer, consagrar, exaltar e adorar a Ti, Adonai, Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo!”
Então, em cada missa torna-se presente, atuante, o único Sacrifício pascal do Senhor, memorial de Sua Encarnação, de Sua vida humana, de Sua Paixão, Morte e Ressurreição, de sua Ascensão ao Pai e do dom do Espírito que Ele nos fez!
Resta apenas recordar que tudo isso acontece na força do Espírito Santo, aquele mesmo Espírito eterno no qual Jesus ofereceu-Se ao Pai como vítima sem mancha (cf. Hb 9,14). É este Espírito Santo que, transfigurando o pão e o vinho, torna presente sobre o Altar o Cristo como está no céu, diante do trono do Pai, imolado e ressuscitado, glorioso, mas trazendo eternamente as chagas da paixão, numa oferta eterna, que jamais passará (cf. Ap 5,6)! Que mistério! Na Eucaristia realmente participamos do Sacrifício de Cristo, agora incruento e glorioso, eterno e vivificante, que para sempre é celebrado no céu. Em cada Celebração eucarística, o céu realmente desce; nós participamos dele, participamos das coisas do céu!

Dom Henrique Soares da Costa

Imagem:  http://feriados2013.com/wp-content/uploads/2012/11/feriado-corpus-christi-2013.jpg

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