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Quando você vai comprar um sapato ou um 
vestido, não leva para casa o primeiro que experimenta, é claro.   Você 
escolhe, escolhe… até gostar da cor, do modelo, do preço, e servir bem 
nos seus pés ou no seu corpo. Se você escolhe com tanto cuidado um 
simples sapato, uma calça, quanto mais cuidado você precisa ter ao 
“escolher” a pessoa que deve viver ao seu lado para sempre, construir 
uma vida a dois com você, e dando vida a novas pessoas.
Talvez você possa um dia mudar de casa, 
mudar de profissão, mudar de cidade, mas não acontece  o mesmo no 
casamento. É claro que você não vai escolher a futura esposa, ou o 
futuro marido, como se escolhe um sapato. Já dizia o poeta que “com 
gente é diferente”. Mas, no fundo será também uma criteriosa escolha. 
Se você escolher namorar aquela garota, 
só porque ela é “fácil”, pode ser que você chore depois se ela o deixar 
por outro. Se você escolher aquele rapaz só porque ele é um “gato”, pode
 ser que amanhã ele faça você chorar quando se cansar de você. O namoro é
 este belo tempo de saudável relacionamento entre os jovens, onde, 
conhecendo-se mutuamente, eles vão se descobrindo e fazendo  “a grande 
escolha”. Já ouvi alguém dizer, erradamente, que “o casamento é um tiro 
no escuro”; isto é, não se sabe onde vai acertar; não se sabe se vai dar
 certo. Isto acontece quando não há preparação para a união definitiva, 
quando não se leva a sério o amor pelo outro.
A preparação para o seu casamento começa 
no namoro, quando você conhece o outro e verifica se há afinidade dele 
com você e com os seus valores. Se o seu namoro for sério, seu casamento
 não será  um tiro no escuro, e nem uma roleta da sorte. O seu casamento
 vai começar num namoro. Por isso, mão brinque com ele, não faça dele 
apenas um passatempo, ou uma “gostosa” aventura; você estaria brincando 
com a sua vida e com a vida do outro.    Só comece a namorar quando você
 souber “porque” vai namorar. Mais importante do que a  idade para 
começar a namorar, 15 anos, 17 anos, 22 anos, é a sua maturidade. A 
idade em que você deve começar a namorar é aquela na qual você já pensa 
no casamento, com seriedade, mesmo que ele esteja ainda longe.
Para que você possa fazer bem uma 
escolha, é preciso que saiba antes o que você quer. Sem isto a escolha 
fica difícil. Que tipo de rapaz você quer? Que qualidades  a sua 
namorada deve ter? O que você espera dele ou dela? Esta premissa é 
fundamental. Se você não sabe o que quer, acaba levando qualquer um… Os 
valores do seu namorado devem ser os mesmos valores seus, senão, não 
haverá encontro de almas. Se você é religiosa e quer viver segundo a Lei
 de Deus, como namorar um rapaz que não quer nada disso? É preciso ser 
coerente com você.
Se você tem uma boa família, seus pais se
 amam, seus irmãos estão juntos, então será difícil construir a vida com
 alguém que não tem um lar e não dá importância para o valor da família.
 Tenho encontrado muitos casais de namorados e de casados que vivem uma 
dicotomia nas suas vidas religiosas; e isto é  motivo de desentendimento
 entre eles. Há jovens que pensam assim: “eu sou religiosa e ele não; 
mas, com o tempo eu o levo para Deus”. Isto não é impossível; e tenho 
visto acontecer. No entanto, não é fácil. E a conversão da pessoa não 
basta que seja aparente e superficial; há que ser profunda, para que 
possa satisfazer os seus anseios religiosos.  Não se esqueça que a 
religião é um fator determinante na comunhão do casal e na educação dos 
filhos.
Não renuncie os seus autênticos valores 
na escolha do outro. Se é lícito você tentar adequar-se às exigências do
 outro, por outro lado,  não é lícito você matar os seus valores 
essenciais para não perdê-lo. Não sacrifique o que você é, para 
conquistar alguém. Há coisas secundárias dos quais podemos abdicar, sem 
comprometer a estrutura básica  da vida, mas há valores essenciais que 
não podem ser sacrificados.  Não se faça de cego, nem de surdo, e nem de 
desentendido. 
Para  que você possa chegar um dia ao 
altar, você terá que escolher a pessoa amada; e, para isto é fundamental
 conhecê-la. O namoro é o tempo de conhecer o outro. Mais por dentro do 
que por fora. E para conhecer o outro é preciso que ele “se revele”, se 
mostre. Cada um de nós é um mistério, desconhecido para o outro. E o 
namoro é o tempo de revelar (= tirar o véu) esse mistério. Cada um veio 
de uma família diferente, recebeu valores próprios dos pais, foi educado
 de maneira diferente e viveu experiências próprias, cultivando hábitos e
 valores distintos. Tudo isto vai ter que ser posto em comum, 
reciprocamente, para  que cada um conheça a “história “ do outro. Há que
 revelar o mistério! Se você não se revelar, ele não vai conhecê-la, 
pois este mistério que é você, é como uma caixa bem fechada e que só tem
 chave por dentro. É a sua intimidade que vai ser mostrada ao outro, nos
 limites e na proporção que o relacionamento for aumentando e se 
firmando.
É claro que você não vai mostrar ao seu 
namorado, no primeiro dia de namoro, todos os seus defeitos. Isto será 
feito devagar, na medida que o amor entre ambos se fortalecer. Mas há 
algo muito importante nesta revelação própria de cada um ao outro: é a 
verdade e a autenticidade. Seja autêntico, e não minta. Seja aquilo que 
você é, sem disfarces e fingimentos mostre ao outro, lentamente, a sua 
realidade.
A mentira destrói tudo, e principalmente o
 relacionamento. Não tenha vergonha da sua realidade, dos seus pais, da 
sua casa, dos seus irmãos, etc. Se o outro não aceitar a sua realidade, e
 deixá-lo por causa dela, fique tranqüilo, esta pessoa não era para 
você, não o ama. Uma qualidade essencial do verdadeiro amor é aceitar a 
realidade do outro.   O amor pelo outro cresce na medida que você o 
conhece melhor. Não se ama alguém que não se conhece.
Não fique cego diante do outro por causa 
do brilho da sua beleza, da sua posição social ou do seu dinheiro. Isto 
impediria você de conhecê-lo interiormente e verdadeiramente.
Lembre-se de uma coisa, aquilo que dizia 
Saint Exupéry: “o importante é invisível aos olhos”. “Só se vê bem com o
 coração”. São Paulo nos lembra que o que é material é terreno e 
passageiro, mas o que é espiritual é eterno. Tudo o que você vê e toca 
pode ser destruído pelo tempo, mas o que é invisível aos olhos está 
apegado ao ser da pessoa e nada  pode destruir. Esse é o seu verdadeiro 
valor.
A beleza do corpo dela hoje, embora seja 
importante, amanhã não existirá mais quando o tempo passar, os filhos 
crescerem… O amor não é um ato de um momento, mas se constrói “a cada 
momento”. Não se pode conhecer uma pessoa “à primeira vista”, é preciso 
todo um relacionamento. Só o tempo poderá mostrar se um namoro deve 
continuar ou terminar, quando cada um poderá conhecer o interior do 
outro, e então, puder avaliar se há nele as exigências fundamentais que 
você fixou.
Prof. Felipe Aquino
 http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2012/06/12/namoro-tempo-de-escolher-e-de-conhecer/
http://sitebatepapocristao.blogspot.com.br/2011/02/namoro-cristao-deus-responde-confirma-o.html
http://sitebatepapocristao.blogspot.com.br/2011/02/namoro-cristao-deus-responde-confirma-o.html

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